Casas maiores e escritórios menores são tendências

by Gil Fernandes em 28 de maio de 2020

Apesar de ter sido afetado pela pandemia do coronavírus, o mercado imobiliário tem recebido um olhar otimista em relação aos efeitos que a crise pode trazer, segundo especialistas do setor.

Aliás, as expectativas positivas para o mercado de imóveis frente à crise provocada pela Covid-19 têm sido abordadas por aqui. Além de boas perspectivas para investimento com essa crise, as mudanças mais significativas estão em um processo reverso ao que vinha sendo observado. 

Se antes a tendência era a diminuição de espaços e de vivência em espaços compartilhados, a pandemia tem exigido o oposto: espaços maiores e mais confortáveis, já que as pessoas passam muito tempo dentro de suas respectivas casas e estão sentindo falta de uma varanda ou de um escritório bem estruturado e vão querer mudar.

Ou seja, especialistas apontam – e eu, particularmente endosso – que o futuro do mercado imobiliário vai ter que se ajustar a uma nova exigência que a crise provocou e terá que se adaptar a relação entre compartilhamento e redução de espaços e viver em ambientes maiores e de mais qualidade.

O que eu quero dizer – e que os especialistas do setor têm indicado – é que as casas serão maiores e os escritórios menores. O cenário futuro é uma redução da metragem da empresa e uma melhora na qualidade do home office.  

Essa constatação é comprovada em pesquisa feita pela Buildings – que monitora, principalmente, escritórios corporativos. O estudo aponta que 80% das empresas de São Paulo acreditam que a partir de agora terão escritórios menores. 

Desta forma, o olhar para as cidades também deve mudar. Produtos de nicho vão surgir, com a possibilidade de a mobilidade urbana diminuir e, com isso, uma nova logística fragmentada irá surgir. Com certeza, esse novo ciclo será monitorado pelo mercado imobiliário.

Vendas na crise da pandemia do coronavírus

Pesquisa realizada pela Brain Inteligência e mais parceiros mostra que 56% das incorporadoras venderam durante a crise.

De acordo com o levantamento, isso é o reflexo da preparação das empresas, já que o mercado imobiliário vinha se recuperando da crise de 2014. As empresas também estão mais preparadas para vender digitalmente e fazer contatos de forma digital também. Aliás, muitas empresas estão avançando para oferecer a jornada de compra do imóvel 100% online.

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Gil Fernandes

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